Qual Sacerdócio espiritual? Levitas ou Judá?

Este post foi escrito em resposta a uma questão levantada, por Campolim Palma do blog http://verdadeparanossotempo.blogspot.com, em seu post Campolim Palma colocou o mesmo titulo que usarei para este post: Qual Sacerdócio Espiritual? Levitas ou Judá?

Antes de procura responder a esta pergunta vamos entender algumas colocações usadas pelo nosso amado irmão, só lembrando que esta resposta não tem intuito de atacar, mas é extremamente de cunho teológico, lembrando por mais que pensamos diferentes somos irmãos em Cristo e não importa o que creio ou que outros creem, importa o que Deus disse ou não sobre o assunto. Amém!

No inicio do post o irmão ressaltou três versículos Ose 6/6, Mat 9/13, Mat 12/7, onde a Palavra fala expressamente que não adiante querer agradar a Deus com sacrifícios vindos de nossa parte se não observarmos o mais importante da lei de Deus que é a juízo, a misericórdia e a fé, ou seja, não adiante deixar todas as demais coisas da vida se vivermos somente de aparência, pois, Deus conhece o intimo de cada um.

Mas o que me chamou atenção foi algo que o irmão deixou relatado logo após citar tais versículos, copie o texto para podemos entender melhor, veja abaixo:

Então foram dadas as leis através de Moisés para reconduzir o homem a Deus.
“LEI A QUE DEUS ESCREVEU. E LEIS ESCRITA PELO PRÓPRIO MOISÉS.”

Desculpe-me, mais tal afirmação coloca em “check” toda a inspiração bíblica, pois, se aceitarmos tal colocação que parte das Leis foi dada por Deus e outra parte foi escrita pela vontade de Moisés, então a Bíblia deixa de ser a Palavra de Deus. Toda Lei que Moisés passou para o povo foi dada por Deus, assim como todas demais Escrituras. Se não fosse assim como poderíamos saber o que foi Deus que disse e oque foi escrito pelo homem?

Não vou citar todos os versículos exposto no post do irmão, pois são lindos versículos, mas em sua maioria estão fora de contexto para o assunto debatido que é acerca se o dizimo é valido para nós hoje. Então vou debater os versículos que tem haver com o assunto.

Então vamos lá. O irmão citou algo interessante:
NÃO SOU CONTRA O DÍZIMO PARA QUEM CRER QUE DEVE SER LEVADO AO TEMPLO. MAS FAÇA-O COM ALEGRIA SEM IMPOSIÇÃO.

Nisso eu concordo plenamente com o irmão, o problema hoje em dia dentro das igrejas é que o povo não é ensinado e sim obrigado a fazer, isso ocorre tanto no assunto do dízimo como em outros assuntos, na sua grande maioria, as pessoas dentro da igreja NÃO conhece a Palavra e vive aquilo que a igreja impõe como certo. Poucos recebem um estudo detalhado sobre a doutrina da igreja. Mas não é o erro do homem que vai descaracterizar a Palavra de Deus.

O irmão ainda cita que “O próprio Jesus reprovou a forma que era visto o dízimo pelos fariseus.” de uma forma como se Jesus disse que o dizimo era algo errado ou não devesse mais ser observado, devemos deixar claro que Jesus não estava criticando o dízimo, mas, a conduta dos fariseus, que se vangloriavam por obedecer aparentemente as Leis, enquanto na verdade vivam negando pontos cruciais dos mandamentos, e isso acontece muito em nosso tempo, quantos se vangloriam pela sua aparência de servo, mas no fundo não passam de sepulcros caiados. Jesus ainda deixa bem claro “DEVEIS, porém, FAZER ESTAS COISAS (lembre-se que Jesus neste versículo estava falando de dízimos), e não omitir aquelas.”

Um erro comum entre todos sobre o assunto do dizimo, é que afirmam que o dizimo foi constituído pela Lei dada por intermédio de Moisés, a qual foi o aio tirado por Cristo, a Leis somente regularizou a destinação do dizimo, mais o dizimo foi constituído 430 anos antes da Lei, onde Melquisedeque sacerdote que sem Lei alguma constituída teve total autoridade para receber os dízimos, e se prestarmos bastante atenção veremos que a única coisa que Melquisedeque fez foi receber dízimos de Abraão, depois a pessoa de Melquisedeque não é mais citada pela Bíblia até que Deus faz uma promessa: “Jurou o SENHOR, e não se arrependerá: tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque.” (Salmos 110:4). Mas o que seria “segundo a ordem de Melquisede”, e por que este sacerdócio seria eterno?

Este texto é um texto messiânico, se referindo que o sacerdócio do Messias seria semelhante ao sacerdócio de Melquisedeque, mais, semelhantes no que?

O sacerdócio de Melquisedeque não dependia da ordenança humana como no caso do sacerdócio Levítico, que dependia da descendência da tribo de Levi. Assim também é o sacerdócio de Cristo que não depende de descendência. Então sobre a pergunta que é titulo do post, o sacerdócio espiritual não é nem Levitas e nem da tribo de Judá, é segundo a ordem de Melquisedeque, que estabelece um sacerdócio sem a necessidade da Lei dada no Sinai través de Moisés.

Em Hebreus quando é feita uma comparação entre o sacerdócio Levítico e o sacerdócio de Melquisedeque, é registrado na Palavra de Deus:

“E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a LEI, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão. Mas aquele (Melquisedeque), cuja genealogia não é contada entre eles, tomou dízimos de Abraão, e abençoou o que tinha as promessas. Ora sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior.” (Hebreus 7:5-7)

E no próximo versículo (Hebreus 7:8) as Escrituras dizem assim:

“E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem (o texto esta se referindo ao sacerdócio Levítico); ali, porém, AQUELE DE QUEM SE TESTIFICA QUE VIVE.”

Ai, eu deixo uma pergunta para nosso irmão Campolin Palma: DE QUEM SE TESTIFICA QUE VIVE, SEGUNDO AS ESCRITURAS?

Para ajudar em sua resposta deixo o texto de Hebreus 7:11 para a sua meditação:

“De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio Levítico (porque sob ele o povo recebeu a LEI), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado segundo a ordem de Arão?

Lembrando dízimo ante de ser entregue a Deus, deve ser entendido, e não deve ser usado para arrancar dinheiro do povo de Deus em beneficio próprio.

Esta é minha opinião espero poder ter ajudado para melhor entendimento desta questão. Fiquem todos na Paz do Senhor.

Filho de Deus se manifestou para desfazer as obras do diabo.

Texto Base:
“Quem comete o pecado é do diabo, porque o diabo peca deste o principio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.” (I João 3:8).

O texto acima nos traz uma profunda revelação sobre o poderio de Cristo e sobre a sua missão para com a humanidade, mas para podermos compreender esta revelação e extrair o máximo de conhecimento da palavra de Deus devemos primeiramente conhecer e entender as obras do diabo. Gostaria de deixar bem claro que não pretendo fazer uma apologia ao diabo, mas sim instruir e alertar a igreja sobre os ataques que o inimigo de nossas almas tem realizado contra a minha e contra a tua vida.
Muitas pessoas no mundo inteiro e até mesmo dentro das igrejas pensam que o diabo é um ser desorganizado, sem poder e sem sabedoria, mas a palavra de Deus nos revela que este ser maligno é na verdade um ser astuto, que se utiliza de estratégias e artimanhas para nos atacar. Jesus nos revela que: “O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir;” (João 10:10). Neste texto Jesus nos ensina as três principais ações do diabo, e nos mostra em ordem as seqüências de ataque que é realizada contra as nossas vidas.
Primeiramente o diabo trabalha para nos roubar de Deus, nos afastar dos caminhos do Senhor, pois ele sabe que enquanto nós estivermos debaixo da proteção de Deus guardados pelo senhorio de Cristo ele não pode nos tocar. O diabo tem trabalho deste os primórdios da criação para nos afastar da presença de Deus. No principio Deus criou o homem a sua imagem e semelhança, Deus constituiu a humanidade como a coroa de sua criação, Deus concedeu ao homem autoridade para dominar sobre toda terra, sobre todas as aves do céu, sobre todos os animais do campo e sobre todos os peixes do mar. A humanidade desfrutava de plena comunhão como Deus, tendo o privilégio de estar com Deus todos os dias, mas um dia a humanidade começou a desviar o seu olhar de Deus, o gênero humano começou a ceder as palavras de duvida lançadas pela serpente, o coração de Eva se acendeu em cobiça, o desejo pelo fruto proibido foi se tornando maior que o temor e que o amor por Deus. Quando Eva começou a caminhar em direção ao seu desejo cada passo a levava mais longe de Deus, o engano já tinha crescido dentro do coração de Eva, o diabo conseguiu cegar o entendimento de Eva, tirando assim Eva dos caminhos do Senhor. A cobiça é o pai de todos os pecados, pois a cobiça nos leva a inveja, ao adultério, ao roubo, a ira e também nos leva a desviar outras pessoas do caminho de Deus, e assim Eva levou Adão ao pecado. O engano de Eva envolveu Adão levando toda a humanidade por um caminho de trevas e espinhos, todos nós pecamos e estávamos destituídos da glória de Deus.
Mas se prestarmos bem atenção na palavra de Deus vemos que o pecado de Eva trouxe sobre ela e sobre as mulheres as dores de parto e a submissão ao marido, mas o pecado de Adão trouxe maldição sobre toda a terra e espalhou sobre toda a humanidade a morte. Sozinho e vazio de Deus o homem começou a se encher de tudo aquilo que não prestava, o pecado se encravou em nosso ser. Deste então o diabo tem bombardeado a humanidade com todo tipo de sentimento contrario a palavra de Deus; ganância, arrogância, orgulho, invejas, murmurações, sensualidades; e estes sentimentos têm gerado violências, criminalidade, contendas, famílias destruídas.
O diabo não tem medido esforços para te roubar de Deus, para te afastar da proteção divina. Por este motivo a palavra de Deus nos adverte em I Pedro 5:8 “Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando quem possa tragar;”.
Por falta de vigilância muitos crentes têm se deixado levar pelas mentiras e ilusões do diabo.
Mas voltando ao texto tema deste trabalho em I João 3:8 aonde diz: “Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo”. Entendemos que Deus também deste os primórdios da criação já tinha preparado um plano para resgatar a humanidade do pecado, e por diversas vezes Deus usou os seus profetas para profetizar a respeito do Messias vindouro, o qual esmagaria a cabeça da serpente, Messias este que libertaria o povo do jugo da servidão ao pecado, das garras de satanás, e este plano de Deus tinha um nome e este nome é Jesus Cristo nosso Único e suficiente Salvador, o autor e consumador de nossa fé. Através de Jesus Cristo nos foi dado o direito de nos reconciliar com Deus, nos foi dado o direito de estarmos na presença do Senhor, nós fomos comprados e lavados pelo sangue do Cordeiro, através de Jesus Cristo alcançamos a vitória. No evangelho de João 1:29 nos relata que quando João Batista viu a Jesus ele declarou: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”, com estas palavras João Batista nos declara o sacrifício de Cristo na cruz do calvário e a sua missão para com a humanidade. Se analisarmos o Velho Testamento veremos que o cordeiro era um animal utilizado no sacrifício de expiação do pecado, ou seja, era necessário que o cordeiro fosse sacrificado para que o povo de Deus alcança-se perdão de seus pecados, e Jesus sabia muito bem o quando deveria padecer pelos nossos pecados. O que me deixa muito triste é quando ouço alguns louvores e até mesmo alguns pregadores que dizem que o diabo se alegrou durante o sacrifício de Jesus na cruz, que ouve festa no inferno, esta é uma afirmação que não tem base bíblica, se atentarmos bem a palavra de Deus veremos que o diabo sabia muito bem quem era Jesus e qual era a sua missão. O diabo sabia muito bem quem era Jesus, pois Isaias profetizou em seu livro no cap. 7 vers. 14 “Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel”, ou seja, Deus conosco, e o diabo viu Deus colocar em pratica seu plano para resgatar a humanidade quando o Espírito Santo desceu sobre a virgem, a jovem Maria, e gerou em seu ventre o menino Jesus, o Emanuel prometido, e o diabo viu durante nascimento de Jesus outra profecia de Isaias ser realizada, profecia esta que se encontra em Isaias cap. 9 vers. 6 “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” A palavra de Deus também no revela que o diabo sabia muito bem qual era a missão de Jesus, porque por mais uma vez Deus usou o profeta Isaias no cap. 53 vers. 4-6 de seu livro para relatar o sacrifício expiatório de Cristo, observe: “Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si: e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades: o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho: mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.” E por conhecer estas profecias o diabo tentou por diversas vezes impedir a crucificação de Cristo, nos é relatado em Mateus 16:21-23 que Jesus começou a ensinar os seus discípulos que era necessário ir a Jerusalém e padecer muito dos anciões e dos principais dos sacerdote e ser morto e ressuscitar ao terceiro dia. Quando Jesus profere estas palavras Pedro tomado pelo diabo começa a repreende-lo, dizendo que Ele não poderia fazer isso, neste momento Jesus cheio da autoridade de Deus olha e fala não com Pedro, mas com aquele que estava sobre a vida de Pedro dizendo: “Para traz de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreende as coisas de Deus,” e por mais uma vez o diabo usa a vida de Pedro no Getsêmani quando os servos dos principais da sinagoga vieram prender a Jesus, Pedro influenciado por satanás usa de sua espada cortando a orelha de Malco, tentando assim impedir que Cristo fosse preso e cumprisse a sua missão de padecer por nós, mas Jesus repreende Pedro na frente de todos com as seguintes palavras “Mete a tua espada na bainha; não beberei eu o cálice que o Pai me deu? (João 18:11), Agora eu vos pergunto: Como o diabo ficaria feliz com o sacrifício de Jesus na cruz, se a morte de Jesus era da vontade do Pai e era a concretização do plano de Deus para resgatar a humanidade do pecado? A Cruz do calvário foi a maior derrota de satanás, pois através da crucificação de Jesus nós fomos sarados, a cédula que era contra nós foi riscada e cravada na cruz do calvário.
E, se tratando do sacrifício de Jesus, existem três acontecimentos que ocorreram durante a crucificação de Jesus que me chamam muito atenção, Primeiramente em nossas Bíblias relata que nos momentos finais da crucificação deram a Jesus vinagre a beber e bebendo Jesus disse as seguintes palavras: “Está consumado.” (João 19:30); mas nos escritos originais Jesus não disse “esta consumado”, Jesus disse “tetélestai” esta palavra grega era bem conhecida na época de Jesus, e era usada com frequencia por servos, por sacerdotes, por artistas e por mercadores e em cada caso a palavra tetélestai nos revela profundas revelações de Deus; observe:
A palavra tetélestai era usada por um servo ou escravo quando terminavam um trabalho e levavam ao conhecimento de seus senhores. O servo dizia: “Tetélestai” – Terminei a tarefa que me deste para fazer. Isto significa que o serviço fora feito como o senhor determinara e na hora que estabelecera.
Jesus Cristo é o Servo santo de Deus (Fp. 2.5-11). O profeta Isaías o descreveu como o servo sofredor de Deus (Is. 42.1-4; 49.1-6; 50.4-9; 52.13 – 53.12). O Dr. John Stott lança luz sobre este tema quando diz que nos textos acima, temos quatro cânticos conhecidos como Cânticos do Servo. Em seus primeiros sermões, registrados no livro de Atos, Pedro se refere a Jesus como “servo” por quatro vezes. Os quatro Cânticos do Servo oferecem diferentes imagens do servo do Senhor. No primeiro, (Is. 42.1-4) o servo é retratado com um mestre, ensinando com mansidão, dotado do Espírito e alcançando os povos. No segundo, (Is 49.1-6) o servo é retratado como um evangelista. A ênfase agora está nas nações distantes. No terceiro, o servo é retratado como um discípulo (Is. 50.4-9), pois é evidente que não se pode ensinar sem primeiro ouvir e aprender. É por esta razão que Iavé desperta o ouvido do seu servo “manhã após manhã” (v. 4). Ele primeiro precisa abrir seu ouvido antes de abrir a boca, mesmo que o que ele aprenda ou ensine seja impopular ou provoque perseguição. Por fim, o servo é retratado como o Salvador sofredor (Is. 52.13 – 53.12), aquele que (falando profeticamente) foi ferido pelas nossas iniqüidades e carregou em seu corpo os nossos pecados.
Jesus Cristo veio a terra como servo por ter uma obra especial a fazer. “Consumei a obra que me confiaste para fazer” (Jo. 17.4). Quando os seus discípulos estavam discutindo sobre qual deles era o maior, Jesus censurou-lhes o egoísmo, dizendo: “Pois, no meio de vós, eu sou como quem serve” (Lc. 22.27). Ele tomou até o lugar de servo e lavou os pés deles (Jo. 13.1-17), mas seu maior ato de serviço foi quando morreu por eles e por nós na cruz.
Os sacerdotes gregos também usavam esta palavra. Sempre que os adoradores levavam ao templo sacrifícios dedicados ao deus ou deusa que adoravam, os sacerdotes tinham de examinar o animal para certificar-se de que era perfeito. Se o sacrifício fosse aceitável, o sacerdote dizia: “Tetélestai – não tem defeito”. Os sacerdotes judeus seguiam um procedimento similar no templo e usavam o equivalente hebreu ou aramaico deste termo. Era importante que o sacrifício fosse perfeito.
Jesus Cristo é o sacrifício perfeito e imaculado de Deus. O Cordeiro de Deus que morreu para tirar o pecado do mundo (Jo. 1.29). Como sabemos que Cristo é um sacrifício perfeito? O Pai afirmou isso. Quando o Senhor Jesus foi batizado, o Pai falou do céu, dizendo: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt. 3.17). Com estas palavras, Deus colocou o selo da aprovação sobre Seu Filho. A seguir, o Espírito Santo, desceu como pomba e pousou sobre Jesus, acrescentando assim seu testemunho ao do Pai (Mt. 3.16).
Os inimigos de Cristo tiveram que admitir que Ele “foi” irrepreensível, pois se viram obrigados a alugar mentirosos para dar falso testemunho d’Ele em seu julgamento. Nenhum dos apóstolos jamais disse: “ouvi Jesus contar uma mentira”, ou “vimos Jesus cometer um pecado”. Ele é o Salvador perfeito, o Cordeiro de Deus “sem mancha e sem mácula” (I Pe. 1.19).
Pilatos, o governador romano, admitiu: “Não vejo neste homem crime algum” (Lc. 23.4). Até o traidor Judas confessou: “Pequei, traindo sangue inocente” (Mt. 27.4). Todos os que conheceram a Jesus podiam dizer: “Tetélestai! – Ele é o sacrifício perfeito, impecável”.
Quando um artista ou escritor completava seu trabalho, eles davam um passo para trás, contemplavam a obra, e diziam: “Tetélestai! – está pronto. Isso significava que a morte de Jesus na cruz “completa o quadro” que Deus estava pintando, a história que vinha escrevendo havia séculos.
Para a pessoa que não conhece a Jesus Cristo, o A.T. será algo muito difícil e sombrio de se entender. No A.T. você encontra cerimônias, símbolos e profecias que não parecem ajustar-se a um padrão lógico. O A.T. é um livro de muitas cerimônias não explicadas e profecias que se cumpririam no futuro. Portanto, você não consegue a “chave hermenêutica” até que conheça a Jesus Cristo. A menos que você conheça a Jesus, o A.T. é como andar numa galeria de pintura com as luzes apagadas. Quando Jesus veio ao mundo, Ele completou o quadro e acendeu as luzes! Na sua vida, morte, ressurreição e ascensão, Jesus cumpriu os símbolos, profecias, e explica o significado da “pintura” que estava sendo confeccionada pelo Pai.
O evangelho de Lucas, no capítulo 24, ilustra esta verdade. Dois discípulos desanimados estão andando pela estrada de Emaús, discutindo a morte de Cristo e tentando descobrir o que ela significava. De repente, o Cristo ressurreto se junta a eles e os discípulos lhe contam sobre suas esperanças desfeitas e mentes confusas. Então, Jesus lhes disse: “Ó néscios e tardos de coração para crer tudo que os profetas disseram!” (Lc. 24.25). Depois, começando com Moisés e todos os profetas, o Senhor falou sobre as Escrituras do A.T. e explicou o panorama geral. Ele acendeu as luzes. Sua obra no Calvário havia completado o quadro, de modo que o grande plano da salvação de Deus estava agora claro para todos. Hoje podemos ler o A.T. e ver este quadro maravilhoso, embora ainda haja certas dificuldades e coisas difíceis de entender. Por causa da obra consumada de Jesus na cruz, podemos ver a tela completa pintada por Deus.
“Tetélestai” era uma palavra usada por servos, sacerdotes e artistas, mas os mercadores também a empregavam. Para eles, o termo significava “a dívida está completamente paga”. Se você comprasse algo “a prazo”, quando fizesse o último pagamento, o negociante lhe daria um recibo com a palavra “tetelestai”, ou seja, “quitado”. O débito fora totalmente pago.
Os pecadores incrédulos têm uma dívida com Deus e não podem pagar a conta. Por terem quebrado a lei de Deus, estão falidos e impossibilitados de quitar essa dívida. Mas Jesus pagou-a quando morreu na cruz. É isso que “tetélestai” significa: a divida foi paga, ela permanece paga e estará paga para sempre (Cl. 2.14-15). Nossa dívida com Deus era infinita. Jamais poderíamos saldá-la. Todos estamos aquém das exigências da lei. Ela requer perfeição, e nós somos imperfeitos. Nada que seja contaminado pode entrar no céu (Ap. 21.27).
Contudo, o que não podíamos fazer, Jesus fez por nós. Em Cristo, ficamos quites com a lei de Deus; as demandas da justiça divina foram satisfeitas. O sangue de Jesus nos justificou. Agora já não há mais nenhuma condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus. Jesus se fez pecado por nós para que fôssemos feitos justiça de Deus.
O segundo acontecimento da crucificação de Jesus Cristo que me chama a atenção é que a Bíblia relata que Jesus entregou o seu espírito e no evangelho de Lucas relata que Ele disse: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.” (Lucas 23:46); Lendo acerca da crucificação de Jesus me perguntei: porque Jesus disse tais palavras, porque foi necessário Jesus entregar o seu espírito, e Deus me levou a passagem de João 10:17-18 que diz: “Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu, de mim mesmo, a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi do meu Pai.”; Com este texto Deus me fez entender que Jesus entregou o seu espírito, porque nem a morte, nem nenhuma outra criatura constituída no céu ao na terra teria poder de tirar a vida de Jesus, por mais que o ferissem, por mais que o seu corpo estive debilitado, ninguém, mais ninguém teria ou tem poder de tirar a vida de Jesus pois Ele é a própria Fonte da Vida, se Jesus não entregasse o seu espírito a morte nunca teria poder para tomar a vida de Cristo.
O terceiro fato que ocorreu durante a crucificação é que nos momentos finais a Bíblia diz que o Véu do Templo se rasgou de cima a baixo, se analisarmos o Velho Testamento entenderemos que Véu do Templo servia como separação entre Santo lugar e o Santo dos Santos, ou seja, o Véu vedava o caminho à presença de Deus. O Véu rasgado mostra que o caminho para presença de Deus foi aberto, Mediante a morte de Cristo, a barreira que impedia de entrar no Santo dos Santos foi removida para todos que crêem em Cristo e na sua Palavra salvífica.
Para isto o Filho de Deus se manifestou para desfazer as obras do diabo. Jesus cumpriu o plano de Deus, pagou a nossa divida, nos libertou, entregou a sua vida por nós e abriu caminho para todos que Nele crê, para podermos novamente desfrutar da presença de Deus e encontrarmos salvação.

Ser ou não ser eis a questão??

"E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um" (João 17:22)

Como há divisões no meio daqueles que se dizem amarem a Deus e seguirem os seus mandamentos;

"Uns dizem eu sou pentecostal, outros eu sou tradicional, outros eu sou neopentecostal. Está Cristo dividido?Foi algum pentecostal ou tradicional ou neopentecostal crucificado por nós? Ou foste batizados em nome de alguma denominação?"

Até quando haverá tanta divisão entre aqueles que pregam o amor de Cristo? Tantas acusações de um contra o outro.

Por que os tradicionais oram pouco? Os pentecostais agem pela emoção?

É isso que Cristo espera de nós?

Infelizmente as igreja hoje independente de denominação, estão orando pouco, jejuando pouco e principalmente vivendo pouco o que pregam, poucos querem pagar preço por amor de Cristo. A moda agora é a prosperidade pessoal e o resto que se lasque, estamos tão preocupados em satisfazer nosso próprio ego que não estamos percebendo que a apostasia tem tomado conta das igrejas, e nós estamos lutando para defender o ponto de vista do movimento religioso que estamos inseridos. Não importa oque a Bíblia diz e sim oque a minha denominação ensina, e se haver algum versiculo biblico que vai contra oque é ensinado nós o torcemos até ele concordar com minha vontade.
É essa união que Deus quer para nós discípulos de Cristo? O que temos feito para a união do povo de Deus, onde esta a humildade dos servos de Deus? Um querendo provar que sabe mais que o outro, que sua denominação ou seu ponto de vista é o correto. Será que ninguém lembra do que Cristo disse: "Todo o reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesma, não subsistirá." (Mateus 12:25). Existem denominações que proíbem os seus membros de visitarem outros ministérios, alguns pastores chegam a dizer aos membros da igreja terem cuidado para não se corromperem quando conversarem com crentes de outras igrejas, ate quando essas barbaridades aconteceram no meio do povo de Deus?

Peço a todos aqueles que lêem esta mensagem pudesse deixar a sua opnião de como podemos unir a igreja de Cristo, que atitudes poderiam ser tomadas para que a união alcance todos os que buscam Deus independente de denominação.

Agradeço a todos que lerem este post, que Deus derrame sobre vós toda sorte de benção. Amém!!

A história da igreja pentencostal Deus e Amor

A Igreja Pentecostal Deus é Amor (IPDA), é uma da denominação evangélica brasileira originária da segunda onda do Pentecostalismo. Foi fundada em 1962 pelo missionário David Martins Miranda, com sede na cidade de São Paulo, SP - Brasil. A sua membresia foi estimada em 774.830 (conforme Censo 2000 feito pelo IBGE), atualmente conta com mais de 21.000 igrejas espalhadas pelo Brasil e mais 139 países, sendo assim a quinta maior igreja em número de membros do ramo pentecostal no Brasil ficando atrás da Assembléia de Deus, Congregação Cristã no Brasil, Igreja Universal do Reino de Deus e Igreja do Evangelho Quadrangular, ficando em nono lugar entre as igrejas Protestantes Brasileiras.

Fundador

Missionário David Miranda, como é geralmente chamado, também é intitulado como o Apóstolo do século XXI pelos seus seguidores. Nasceu no dia 4 de Julho de 1936 na pequena cidade de Reserva no estado do Paraná. Filho de agricultores católicos, o quarto dentre cinco filhos do casal Roberto e Anália Miranda. Quando David Miranda tinha 13 anos de idade seu pai veio a falecer; esse fato mudou a vida da família Miranda. Quatro anos depois eles mudam-se para o município de Tibagi, PR, mais propriamente dito para a vila chamada de Cidade Nova (que tempos depois viria a se chamar Telêmaco Borba, PR) às margens do rio Tibagi, perto da fazenda Monte Alegre de propriedade da Indústria Klabin do Paraná Papel e Celulose S/A onde David veio a trabalhar.

Em abril de 1957 a Sra. Anália vende a sua casa na Cidade Nova (Telêmaco Borba, PR), e migra com a família para a cidade de São Paulo onde já morava a irmã mais velha de David Miranda, a Araci, que já era conversa ao protestantismo. Foi através de Araci que a mãe e depois os demais irmãos se converteram ao Protestantismo, ficando somente David como a última resistência do Catolicismo dentro da família Miranda.

Conversão

David Miranda, conforme relatado em sua autobiografia, já não aguentava mais a convivência com a sua família devido à discordância religiosa, pois não suportava os crentes em sua casa, porque após a conversão de sua família a sua casa virou local para culto domiciliar. A conversão de David Miranda ocorreu em 6 de julho de 1958. Naquele dia, ele planejava deixar sua casa em secreto e ir morar sozinho, pois já estava para completar 22 anos. Mas tudo mudou quando vinha de uma matinê dançante, por volta das 19 horas pela Estrada da Conceição, em Vila Munhoz, São Paulo.

Como sempre, procurava uma festa, quando foi surpreendido por um cântico. Pensando tratar-se de um baile ou coisa parecida, parou para ouvir o que era aquilo. Muitas vozes cantavam ao mesmo tempo. Quando percebeu, estava em frente à Igreja Maravilhas de Jesus (presidida pelo pastor Leonel da Silva). Embora não gostasse dos crentes, David resolveu entrar e sentar-se em um dos bancos daquele salão.

David estava em conflito consigo, pois queria sair dali correndo, mas não conseguia; algo o segurava naquele lugar. Permaneceu ali até o final do culto onde foi lida a passagem bíblica de Gênesis capítulo vinte e dois, que fala sobre o sacrifício de Abraão, passagem essa pregada pelo pastor Jonas da Cruz, nordestino com forte sotaque baiano.

O local era frequentado por pessoas humildes e de classe social bem abaixo da que David tinha por costume conviver, sendo o pastor mais humilde ainda e de um português muito ruim. Apesar disso tudo a mensagem daquela noite falou profundamente ao coração do futuro missionário e fundador de uma das maiores igrejas do Brasil, a ponto de David Miranda pensar que tudo o que aquele pastor falava era direcionado exclusivamente para ele. Esse foi o cenário da conversão de David Martins Miranda. Naquela noite mesmo ele aceita a Jesus e se torna também um crente.

História

Oficialmente a Igreja Pentecostal Deus é Amor foi fundada em 3 de junho de 1962, sendo esta data a de registro como pessoa jurídica em cartório passando a existir oficialmente perante a lei. Mas de fato ela teve início no mês de março de 1962, mês este no qual David Miranda foi despedido da firma onde trabalhava havia quatro anos, recebendo uma indenização com a qual alugou um amplo salão na antiga Rua Setenta, hoje Avenida Afonso Pena, na região de Vila Maria na cidade de São Paulo. No dia da inauguração, havia no local cerca de 50 pessoas, sendo que membros da igreja eram apenas três pessoas: o próprio David Miranda, sua mãe Anália e sua irmã Araci.

Nos dias que se seguiram após a inauguração, foram se unindo à igreja pessoas que já conheciam David Miranda de outras denominações por onde ele passara e, menos de um mês da inauguração a IPDA já contava com cerca de 70 membros.

No dia 15 de abril, David Miranda foi oficialmente ungido como pastor, pelo pastor e amigo Roberto Anézio da Igreja Pentecostal do Brasil (igreja essa à qual David Miranda pertencia antes de fundar a Deus é Amor), nesse dia a Deus é Amor passou a ter o seu primeiro pastor.

David Miranda construiu um ministério com posturas bastante radicais. Embora em seus programas de rádio dirija-se aos “irmãos católicos, espíritas e evangélicos”, rejeita interação com qualquer grupo religioso. O radicalismo da denominação pode ser observado em seu rigoroso código de usos e costumes. O regulamento interno demonstra também seu antagonismo às demais denominações cristãs.

Embora David Miranda tenha sido acusado de envolvimento com lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, evasão de divisas e narcotráfico, as denúncias não foram confirmadas.


Meios de Comunicação

Rádios

O principal meio de comunicação da IPDA é o rádio pelo qual transmite o programa "A Voz da Libertação" a mais de 45 anos. A Voz da Libertação é transmitida em centenas de emissoras de rádios pelo Brasil e pelo Mundo, sendo em muitas delas 24 horas de programação por dia. A cadeia de emissoras que transmite o programa A Voz da Libertação é uma das maiores do mundo no segmento evangélico, cobrindo todo o Brasil e América Latina e partes da Europa, Estados Unidos, África e Ásia.

Internet

A Deus é Amor também utiliza como meio de divulgação a internet, através do seu site www.ipda.com.br o qual tem links para transmissão do programa "A Voz da Libertação" via web ao vivo para todo o Mundo.

Outros

Outros meios de comunicação e divulgação da Deus é Amor são:

• Jornal "O Testemunho";

• Revista "Ide";

• Revista "Expressão Jovem".

Doutrina

Regulamento Interno - RI

O RI ou Regulamento Interno da IPDA é o manual de conduta para os membros batizados, nele está registrado tudo o que o membro não pode fazer ou usar; esse manual vem junto com a carteirinha de membro. Cada regra é amparada por um versículo bíblico (na maioria das vezes versículos isolados e fora de contexto). Em muitas das congregações e em especial nas sedes há um culto na semana denominado culto do RI ou culto de doutrina, onde são abordados os temas contidos no RI.

Uso e Costumes

"Usos e costumes" é uma expressão utilizada nos meios pentecostais para se referir a uma série de proibições e determinações feitas pelas igrejas aos seus membros quanto à vestimenta, comportamento e postura social. Na IPDA as normas de "usos e costumes" são variadas sendo constantemente fiscalizadas pelos pastores estando impressas no Regulamento Interno da denominação, entre as principais proibições direcionadas a todos os membros estão:

• ter e ver TV, não é permitido assistir a nenhum tipo de programação (pois a TV é considerada a imagem da Besta); nem é permitido usar videocassete;

• escutar programas não evangélicos no rádio; (são orientados e estimulados a ouvir somente a programação da igreja "A Voz da Libertação", rádios de conteúdo musical evangélico e de noticias também são permitidos).

• praticar qualquer tipo de esportes (os adolescentes são estimulados a não participarem da aula de Educação Física nas escolas, sendo sugeridos trabalhos alternativos para obtenção de nota na matéria);

• exercer qualquer profissão que exija o uso de armas de fogo (segurança, polícia militar, forças armadas).

• Não é permitido aos membros, por exemplo, fazer curso de teologia e outros cursos bíblicos nem aprender a tocar instrumentos em outras igrejas.

• Não é permitido ingerir bebidas alcoólicas.

• Pessoas epilépticas são aceitas na ceia apenas se apresentarem atestado médico, caso contrário serão suspensas até serem libertas.

• Ninguém pode assistir aos cultos trajando “roupas escandalosas”, short ou bermuda, a menos que se cubram com aventais ou panos;

As mulheres são as mais cobradas na Deus é Amor, as mulheres são terminantemente proibidas de:

• usarem calças compridas, alegam ser roupa de homem (podendo usar somente saias ou vestidos, abaixo dos joelhos e sem aberturas);

• usarem qualquer tipo de maquiagem e usar qualquer adorno (com exceção da aliança de casamento ou noivado e relógio);

• cortar os seus cabelos (sendo proibido aparar até mesmo as pontas);

• tomar qualquer medicamento anticonceptivo (pílula ou injeção) ou praticar qualquer ato que vise evitar filhos (cirurgia).

• Não é nem permitido usar cinto com mais de dois centímetros e desde que sejam de couro ou pano.

Já os homens não podem:

• usar bermudas ou shorts (mesmo dentro de casa ou para dormir, devem sempre usar calças compridas, não sendo permitida nem a capri);

• andar sem camisas ou com as mesmas abertas (não sendo permito regatas ou camisetas sem manga);

• ter bigodes, costeletas ou cabelos crescidos (sendo considerados vaidade);

O regimento também proíbe a venda de discos, CDs, e similares nas dependências da igreja ou em frente a ela, de outras gravadoras. Só é liberada a venda de discos da gravadora pertencente à igreja.
Fotos históricas


Foto do casamento de Davi Miranda e Ereni Miranda


Davi Miranda e Ereni Miranda


Construção da sede mundial da igreja Deus é Amor



Desfile inaugural da sede mundial


Irmã Anália Miranda mãe do Miss. Davi Miranda


Irmã Araci Miranda

A história da igreja Batista

A Igreja Batista é uma denominação cristã caracterizada pela rejeição ao batismo infantil, optando em seu lugar pelo batismo de fé, sempre através da imersão. O nome é derivado de uma comissão para que os seguidores de Jesus Cristo fossem batizados, os batistas interpretam o batismo — imergir em água — como uma exposição bíblica e pública de sua fé. Enquanto o termo "batista" tem suas origens com os anabatistas, e às vezes foi visto como pejorativo, a denominação historicamente é ligada aos dissidentes ingleses, ou movimentos de anticonformismo do século XVI. O movimento batista surgiu na colônia inglesa na Holanda, num tempo de reforma religiosa intensa. Os batistas tipicamente são considerados protestantes históricos. Alguns batistas rejeitam essa associação. A maioria das igrejas batistas escolhem associar-se com grupos que fornecem apoio sem controle. A maior associação batista é a Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos, mas, há muitas outras associações de batistas no mundo. No Brasil, as maiores são a Convenção Batista Brasileira e a Convenção Batista Nacional. As Igrejas Batistas formam uma família denominacional protestante de origem inglesa. Estão presentes em quase todos os países do globo. No ano de 2007 existiam 37 milhões de membros e 170 mil igrejas espalhados pelo mundo, sendo que 21 milhões apenas nos Estados Unidos e Canadá, e cerca de 2(dois) milhões no Brasil.

Origem

A história academicamente aceita sobre a origem das Igrejas Batistas é a sua origem como um grupo de dissidentes ingleses no século XVII. A primeira igreja batista nasceu quando um grupo de refugiados ingleses que foram para a Holanda em busca da liberdade religiosa em 1608, liderados por John Smyth, um clérigo e Thomas Helwys, um advogado, organizaram em Amsterdã, em 1609 uma igreja de doutrinas batistas. John Smyth discordava da política e de alguns pontos da doutrina da Igreja Anglicana da qual ele era pastor após uma aproximação com os menonitas e, examinando a Bíblia, creu na necessidade de batizar-se com consciência e em seguida batizou os demais fundadores da igreja, constituindo-se assim a primeira igreja batista organizada. Thomas Helwys, que era advogado e estudioso da Bíblia, ao escrever um livro intitulado “Uma Breve Declaração Sobre o Mistério da Iniquidade", foi preso e morreu na prisão, em 1615. No referido livro, ele escreveu aquilo que é um dos mais caros princípios batistas, o principio da liberdade religiosa e de consciência: "... a religião do homem está entre Deus e ele: o rei não tem que responder por ela e nem pode o rei ser juiz entre Deus e o homem. Que haja, pois, heréticos, turcos ou judeus, ou outros mais, não cabe ao poder terreno puni-los de maneira nenhuma".
Até então, o batismo não era por imersão, só os batistas particulares por volta de 1642 adotaram oficialmente essa prática tornando-se comum depois a todos os batistas. A primeira confissão dos particulares, a Confissão de Londres de 1644, também foi a primeira a defender o imersionismo no batismo. Depois da morte de John Smyth e da decisão de Thomas Helwys e seus seguidores de regressarem para a Inglaterra, a igreja organizada na Holanda desfez-se e parte dos seus membros uniram-se aos menonitas. Thomas Helwys organizou a Igreja Batista em Spitalfields, nos arredores de Londres, em 1612. A perseguição aos batistas e a outros dissidentes ingleses, fez com que muitos emigrassem. O mais famoso foi John Bunyan, que escreveu sua obra-prima O Peregrino enquanto estava preso. Nos Estados Unidos, a primeira igreja batista nasceu através de Roger Williams, que organizou a Primeira Igreja Batista de Providence em 1639, na colônia que ele fundou com o nome de Rhode Island, e John Clark que organizou a Igreja Batista de Newport, também em Rhode Island em 1648. Em terras americanas os batistas cresceram principalmente no sul, onde hoje sua principal denominação, a Convenção Batista do Sul, conta com quase 15 milhões de membros, sendo a maior igreja evangélica dos Estados Unidos. Existem ainda outras teorias sobre a origem dos batistas, mas que são rejeitadas pela historiografia oficial. São elas a teoria de Sucessão Apostólica, ou JJJ (João - Jordão - Jerusalém) e a teoria anabaptista. Ambas são rejeitadas pelos historiadores batistas Henry C. Vedder e Robert G. Torbet. A teoria de sucessão apostólica postula que os batistas atuais descendem de João Batista e que a igreja continuou através de uma sucessão de igrejas (ou grupos) que batizavam apenas adultos, como os montanistas, novacianos, donatistas, paulícianos, bogomilos, albigenses e cátaros, valdenses e anabatistas. Os batistas landmarkistas utilizam este ponto de vista para se auto-proclamar única igreja verdadeira. Essa teoria apresenta alguns problemas, como o fato que grupos como bogomilos e cátaros seguiam doutrinas gnósticas e o gnosticismo é contrário às doutrinas batistas de hoje. Também, alguns desses grupos que sobrevivem até o presente, igrejas como a dos valdenses (que desde a Reforma é uma denominação Calvinista) ou dos paulicianos, não se identificam com os batistas. A teoria anabatista é aquela que afirma que os batistas descendem dos anabatistas, que pregaram sua mensagem no período da Reforma Protestante. O evento mais citado para apoiar essa teoria foi o contato que John Smyth e Thomas Helwys com os menonitas na Holanda. Todavia, além de em 1624 as cinco igrejas batistas existentes em Londres terem publicado um anátema contra as doutrinas anabatistas, também os anabatistas modernos rejeitam ser denominados batistas e há pouca relação entre os dois grupos.

Ambos os grupos possuem algumas similaridades:


• Crença no Batismo adulto e voluntário; • Visão do Batismo e da Ceia do Senhor como ordenanças; • Separação da Igreja e Estado.

Existem algumas diferenças entre os batistas e os anabatistas modernos (por exemplo, os menonitas):

• Os anabatistas normalmente praticam o Batismo adulto por aspersão e não por imersão como os batistas; • Os anabatistas são pacifistas extremos e se recusam a jurar; • Os anabatistas crêem em uma doutrina semi-nestoriana sobre a Natureza de Cristo, que não recebeu nenhuma parte humana de Maria; • Os anabatistas enfatizam a vida comunal enquanto os batistas a liberdade individual; • Os anabatistas recusam a participar do Estado, enquanto os batistas podem ser funcionários públicos, prestar serviço militar, possuir cargos políticos; • Os anabatistas crêem em um estado de "sono da alma" entre a morte e a ressurreição.

A igreja Batista no Brasil


Por força da Guerra Civil Americana de 1865, confederados do Sul dos Estados Unidos, que apesar de se dizerem cristãos, eram a favor da escravatura, começam a buscar outras terras de potencial agrônomo. O Brasil é um dos países escolhidos, talvez por ter libertado escravizados afro-brasileiros somente em 1888, sendo o ultimo pais a fazê-lo na America. Logo, em 1867, grupos de estadunidenses que somaram mais de 50.000 pessoas desembarcam nos portos brasileiros em busca de refugio, mão de obra escravizada e terra fértil, vasta e barata. Avançando para o continente, escolhem a cidade de Santa Bárbara d'Oeste, para adquirirem terras e fixarem residência. Entre os emigrados, a maioria professava o protestantismo e entre esses, muitos eram Batistas. Já em 1870 fizeram publicar um "Manifesto para Evangelização do Brasil." Tal manifesto, assim que publicado contou com assinaturas de Presbiterianos, Metodistas, Congregacionais e, por um Batista, o jovem Pastor Richard Raticliff, um dos emigrados, cuja família havia convertido através de Thomas Jefferson Bowne nos Estados Unidos. Em 1871, Batistas emigrados dos Estados Unidos organizam a Primeira Igreja Batista do Brasil em Santa Bárbara d'Oeste. Anos mais tarde, em 1879, outro grupo de emigrados faz surgir a segunda Igreja Batista em solo brasileiro em Santa Bárbara d'Oeste no bairro da Estação, onde atualmente se localiza a cidade de Americana.
Enquanto isto, no Recife o Missionário Batista William Buck Bagby participa da conversao do sacerdote católico, Antonio Teixeira de Albuquerque. Por causa de perseguição, Teixeira de Albuquerque tentou refugiar-se em Maceió, sua terra natal, mas acabou mais tarde escolhendo Capivari, no Estado de São Paulo. Vindo a conhecer os Batistas em Santa Bárbara d'Oeste, batiza-se, é ordenado pastor e ajuda a comandar a evangelização que se iniciava entre brasileiros, franceses, ingleses e estadunidenses. Os Batistas de então, em Santa Bárbara d'Oeste, se unem para solicitar à Junta de Richmond, dos Estados Unidos, o envio de missionários ao Brasil. O trabalho de evangelização é intenso e brasileiros estão menos preconceituosos quanto à nova doutrina. Em 1881 chegam, William Buck Bagby e Ana Luther Bagby; Zacarias Taylor e Katarin Taylor. Os primeiros missionários são recebidos em Santa Bárbara d'Oeste e logo filiam-se à Igreja Batista existente e começam a estudar a língua portuguesa, tendo Antonio Teixeira de Albuquerque como professor. Pouco tardou para que os dois casais de missionários, unindo-se a Antonio Teixeira de Albuquerque rumassem para o Estado da Bahia, onde em 1882, com cartas de transferência das igrejas em Santa Bárbara d'Oeste, organizaram a Primeira Igreja Batista de Salvador. Em um ano aquela igreja já contava 70 membros. Salvador também possuía uma comunidade de estadunidenses que fugiram da Guerra de Secessão. O Pastor Antonio Teixeira de Albuquerque, casado, rumou a Maceió, onde organiza a Primeira Igreja Batista e prega para seus pais. A vida de Teixeira de Albuquerque foi curta, vindo a falecer aos 46 anos de idade. O Brasil não resiste às pressões sociais e políticas, internas e externas, vendo capitular o Império, sendo proclamada a República, em 1889. Nela a liberdade religiosa estava consagrada na Constituição, ainda que, por enquanto, apenas no papel. De Salvador, os missionários seguiram para outras capitais, plantando igrejas. De volta a São Paulo, com outros missionários recém-chegados foram organizando outras novas igrejas a partir de 1899 em São Paulo, Jundiaí, Santos, Campinas, São José dos Campos. Já em 1904 eram 7 Igrejas Batistas no Estado de São Paulo. Essas, reunindo-se em Jundiaí, organizaram em 1904 a Convenção Batista do Estado de São Paulo, então chamada de União Baptista Paulistana. Em 1914, eclode a Primeira Guerra Mundial, que faria ferver até 1918 toda a Europa. A Europa, destruída, vê muitos de seus habitantes saírem em busca de novas terras. O Brasil, e, principalmente o Estado de São Paulo, com um grande avanço na agricultura, (café, cana de açúcar e cereais) torna-se alvo de muitos desses europeus. Fugindo da guerra, aportam por aqui muitos protestantes, somaram-se a eles as dezenas de casais de missionários dos Estados Unidos que continuavam chegando.

Associações Batistas no Brasil


Convenção Batista Brasileira em 2006 possuía 6.000 igrejas organizadas, 1.200 congregações ou missões espalhadas em todo o território nacional e mais de 1.100.000 membros, a mesma também possui vários colégios, seminários, orfanatos, faculdades, hospitais, centros de recuperação para usuários de drogas, todos mantidos em convênios com as convenções estaduais e/ou igrejas locais. Na área da Educação Teológico-ministerial, atualmente são seminários oficiais batistas: o Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (Recife, PE), o primeiro a ser organizado (é o mais antigo seminário teológico batista da América Latina); o Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, (Rio de Janeiro, RJ), o Seminário Teológico Batista Equatorial (Belém, PA), Seminário Teológico Batista do Nordeste (Feira de Santana e Salvador, BA) e a Faculdade Teológica Batista do Estado de São Paulo (São Paulo, SP), Faculdade Teológica Batista Ana Wollermam localizado em Dourados, Mato Grosso do Sul, Faculdade Teológica Batista do Paraná (FTBP), em Curitiba. Todos oferecem cursos de graduação (Bacharelado) e pós-graduação. Os dois primeiros e a Teológica oferecem Doutorado em Teologia, alguns como a FTBP são autorizados e reconhecidos pelo MEC, além de também terem cursos especiais para ministros evangélicos e ensino à distância EAD. A Convenção Batista Nacional nasceu em 1958, quando foi aceito o batismo pentecostal por alguns batistas em Belo Horizonte. Em 1967, o Pr. Enéas Tognini organizou a CBN (Convenção Batista Nacional), reunindo 60 igrejas. Grande parte dessas igrejas denominam-se "Batistas Renovadas". Até o ano de 2006, a CBN, segundo o IBGE, contava com 1.500 igrejas organizadas, 1208 congregações ou missões, e 390.000 membros espalhados pelo Brasil. As maiores Convenções do país, a CBB e a CBN são filiadas à Aliança Batista Mundial. As Igrejas Batistas Independentes no Brasil têm a sua origem no trabalho da Missão de Örebro, um movimento Pentecostal-Batista na Suécia. O missionário Erik Jansson veio en 1912 para atender colonos suecos residentes no município de Guarani, Rio Grande do Sul, mas mais tarde o grupo espalhou-se por outros estados. Conta com pelo menos 70 mil membros filiados à CIBI (Convenção das Igrejas Batistas Independentes), com grande presença nos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo. A partir da década de 1930 surgiram grupos de cunho mais conservador e Batistas Fundamentalistas, como a Igreja Batista Conservadora fundada em Bagé - RS, a Igreja Batista Bíblica Nacional que organizou a Comunhão Batista Bíblica Nacional (CBBN) desde 1973, com cerca de uma centena de igrejas e congregações, a Igreja Batista Fundamentalista e a Igreja Batista Regular que são pouco numerosos, correspondendo-se aos de sua denominação norte-americana e canadense. Há igrejas batistas que se proclamam também calvinistas, e são filiadas às diversas convenções ou simplesmente, independentes. No Brasil, há um grupo cujo objetivo é estreitar laços de comunhão entre seus membros, em geral filiados a igrejas batistas reformadas: trata-se da Comunhão Reformada Batista no Brasil. Ainda há a Igreja Batista do Sétimo Dia, a denominação evangélica sabatista mais antiga, de origem britanica e teuta, mas que no Brasil formou-se com dissidentes da igreja adventista do sétimo dia que deixaram a denominação por não aceitarem os escritos da Sra. White como inspirados por Deus. Acabaram se afiliando a sede da Alemanha e assim, ex-membros de uma igreja que tomara a crença no descanso sabatino emprestado dos batistas do sétimo dia, como a adventista, acabaram se unindo a um dos grupos que a originaram. Existem também dezenas de Igrejas Batistas sem filiação, tais como a Igreja Batista da Floresta (MG), Filadélfia (RJ), Calvário em Niterói (RJ), ou ainda a Igreja Batista Missionária Central Petrolina, todas de orientação carismatico-pentecostal.

Doutrina

Doutrinariamente, os batistas possuem algumas particularidades:

• Crença no Batismo Adulto por imersão - assim como os anabaptistas eles crêem que o batismo seja uma ordenança para as pessoas adultas (ordenança, para os batistas, é diferente de sacramento: deve ser obedecida, mas é apenas ato simbólico e não obrigatório para salvação), que deve ser respeitada a menos que o indivíduo não tenha oportunidade de ser batizado. A diferença em relação aos anabaptistas, é que os batistas praticam o batismo por imersão.
• Celebração das ordenanças do batismo e também da ceia memorial (não-sacramental), repetindo o gesto de Cristo e os apóstolos ("fazei isso em memória de mim") partilhando-se o pão e o vinho entre todos os membros da Congregação.
• Separação entre Igreja e Estado - antes mesmo do Iluminismo, já havia a consciência da separação entre Igreja e Estado entre os batistas.
• Liberdade de Consciência do Indivíduo - o crente deve escolher por sua própria consciência a servir a Deus, e não por pressão estatal ou de Igreja Estabelecida.
• Autonomia das Igrejas locais - como os batistas originaram do Congregacionalismo, enfatizam a autonomia total das comunidades locais, que podem agrupar-se em convenções. A exceção são os Batistas Reformados, que se originaram do calvinismo Presbiterianismo e dos Batistas Episcopais, que surgiram de missões anglicanas no Zaire.


Em termos de organização, a maior parte das igrejas batistas operam no sistema de governo congregacional, isto é, cada igreja batista local possui autonomia administrativa, regida sob o regime de assembléias de caráter democrático. Entretanto, a grande maioria das igrejas batistas são associadas a "convenções", que são, na verdade, associações de igrejas batistas que procuram auxiliar umas às outras em diversos aspectos, como jurídico, financeiro e formacional (criação de novas igrejas). Essas associações não possuem qualquer poder interventor nas igrejas, pois uma das características da maioria dos batistas é a autonomia de cada igreja local.
Os batistas tradicionalmente evitaram o sistema hierárquico episcopalista como é encontrado na Igreja Católica Romana, Anglicana e entre outras igrejas, como entre os metodistas. Todavia, existem variações entre grupos batistas, como a Igreja Episcopal Batista (de governo, obviamente, episcopal), presente em vários países da África e a Igreja Batista Reformada, de governo presbiterial.

Fotos históricas


Primeira igreja Batista de Vitória da Conquista
(1º igreja protestante da cidade)



Casa nº 15 da rua XV de Novembro, onde se deu inicio a 1º igreja Batista de Rio Bonito

A Igreja reuniu-se nesta casa até 22 de setembro de 1940, quanto transferiu-se para o templo ainda em construção, na Avenida Manoel Duarte, inaugurando oficialmente em fevereiro de 1943.
(Foto abaixo)




Templo na Avenida Manoel Duarte, inaugurando em 21 de fevereiro de 1943 em Rio Bonito







A história da igreja Assembléia de Deus

História

A Assembléia de Deus chegou ao Brasil por intermédio dos missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg, que aportaram em Belém, capital do Estado do Pará, em 19 de novembro de 1910, vindos dos Estados Unidos. Não possuíam eles amigos ou conhecidos na cidade de Belém. Não traziam endereço de alguém que os acolhessem ou orientasse. Carregando suas malas, enveredaram por uma rua. Ao alcançarem uma praça, sentaram-se em um banco para descansar; e aí fizeram a primeira oração em terras brasileiras. Seguindo a indicação de alguns passageiros com os quais viajaram, os missionários Gunnar Vingren e Daniel Berg hospedaram-se num modesto hotel, cuja diária completa era de oito mil réis. Em uma das mesas do hotel, o irmão Vingren encontrou um jornal que tinha o endereço do pastor metodista Justus Nelson. No dia seguinte, foram procurá-lo, e contaram-lhe como Deus os tinha enviado como missionários para aquela cidade. Como Daniel Berg e Gunnar Vingren estavam até aquele momento ligados à Igreja Batista na América (as igrejas que aceitavam o avivamento permaneciam com o mesmo nome), Justus Nelson os acompanhou à Igreja Batista, em Belém, e os apresentou ao responsável pelo trabalho, pastor Raimundo Nobre. E, assim, os missionários passaram a morar nas dependências da igreja. Alguns dias depois, Adriano Nobre, que pertencia à igreja presbiteriana e morava nas ilhas, foi a Belém em visita ao primo Raimundo Nobre. Este apresentou os missionários a Adriano, que imediatamente mostrou-se interessado em ajudá-los a aprender falar o português. Os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren traziam a doutrina do batismo no Espírito Santo, com a glossolalia — o falar em línguas espirituais (estranhas) — como a evidência inicial da manifestação para os adeptos do movimento. A manifestação do fenômeno já vinha ocorrendo em várias reuniões de oração nos Estados Unidos (e também de forma isolada em outros países), principalmente naquelas que eram conduzidas por Charles Fox Parham, mas teve seu apogeu inicial através de um de seus principais discípulos, um pastor leigo negro, chamado William Joseph Seymour, na rua Azusa, Los Angeles, em 1906.
A nova doutrina trouxe muita divergência. Enquanto um grupo aderiu, outro rejeitou. Assim, em duas assembléias distintas, conforme relatam as atas das sessões, os adeptos do pentecostalismo foram desligados e, em 18 de junho de 1911, juntamente com os missionários estrangeiros, fundaram uma nova igreja e adotaram o nome de Missão de Fé Apostólica, que já era empregado pelo movimento de Los Angeles, mas sem qualquer vínculo administrativo com William Joseph Seymour. A partir de então, passaram a reunir-se na casa de Celina de Albuquerque. Mais tarde, em 18 de janeiro de 1918 a nova igreja, por sugestão de Gunnar Vingren, passou a chamar-se Assembléia de Deus, em virtude da fundação das Assembléias de Deus nos Estados Unidos, em 1914, em Hot Springs, Arkansas, mas, outra vez, sem qualquer ligação institucional entre ambas as igrejas.
A Assembléia de Deus no Brasil expandiu-se pelo estado do Pará, alcançaram o Amazonas, propagou-se para o Nordeste, principalmente entre as camadas mais pobres da população. Chegaram ao Sudeste pelos idos de 1922, através de famílias de retirantes do Pará, que se portavam como instrumentos voluntários para estabelecer a nova denominação aonde quer que chegassem. Nesse ano, a igreja teve início no Rio de Janeiro, no bairro de São Cristóvão, e ganhou impulso com a transferência de Gunnar Vingren, de Belém, em 1924, para a então capital da República. Um fato que marcou a igreja naquele período foi a conversão de Paulo Leivas Macalão, filho de um general, através de um folheto evangelístico. Foi ele o precursor do assim conhecido Ministério de Madureira, como veremos adiante.
A influência sueca teve forte peso na formação assembleiana brasileira, em razão da nacionalidade de seus fundadores, e graças à igreja pentecostal escandinava, principalmente a Igreja Filadélfia de Estocolmo, que, além de ter assumido nos anos seguintes o sustento de Gunnar Vingren e Daniel Berg, enviou outros missionários para dar suporte aos novos membros em seu papel de fazer crescer a nova Igreja. Desde 1930, quando se realizou um concílio da igreja na cidade de Natal, a Assembléia de Deus no Brasil passou a ter autonomia interna, sendo administradas exclusivamente pelos pastores residentes no Brasil, sem contudo perder os vínculos fraternais com a igreja na Suécia. A partir de 1936 a igreja passou a ter maior colaboração das Assembléias de Deus dos Estados Unidos através dos missionários enviados ao país, os quais se envolveram de forma mais direta com a estruturação teológica da denominação.

As Perseguições


A fundação da Assembléia de Deus repercutia profundamente entre as várias denominações. O medo que a Assembléia de Deus viesse a absorver as demais denominações fez com que estas se unissem para combater o movimento Pentecostal.
No ano de 1911, em Belém, alguns se dispuseram a combater o Movimento Pentecostal em seu nascedouro. Para alcançarem esse intento, não escolhiam os meios: calúnia, intriga, delação e até agressão física. Tudo era válido. Chegaram, inclusive, a levar aos jornais a denúncia de que os pentecostais eram uma seita perigosa, tendo como prática o exorcismo. Enfim, alarmaram a população. A matéria no jornal A Folha do Norte, todavia, acabou por atrair numerosas pessoas para os cultos da nova igreja. Não poderia haver propaganda melhor.

Organização denominacional

As Assembléias de Deus brasileiras estão organizadas em forma de árvore, na qual cada Ministério é constituído pela igreja-sede com suas respectivas filiadas, congregações e pontos de pregação (subcongregações). O sistema de administração é um misto entre o sistema episcopal e o sistema congregacional, por meio do qual os assuntos são previamente tratados pelo ministério, com forte influência da liderança pastoral, e depois são levados às assembléias para serem referendados apenas. Os pastores das Assembléias de Deus podem estar ligados ou não às convenções estaduais, e estas se vinculam a uma convenção de âmbito nacional. Particularmente na América do Sul, hoje existem muitas Assembléias de Deus autônomas e independentes.

Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil

A Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil (CGADB) possui sede no Rio de Janeiro, esta se considera o tronco da denominação por ser a entidade que desde o princípio deu corpo organizacional à igreja. A CGADB hoje conta com cerca de 3,5 milhões de membros em todo o Brasil (dados do Iser) e centenas de missionários espalhados pelo mundo.
A CGADB é proprietária da Casa Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD), com sede no Rio de Janeiro, que atende parcela significativa da comunidade evangélica brasileira. À CGADB também pertence à Faculdade Evangélica de Tecnologia, Ciências e Biotecnologia (Faecad), sediada no mesmo Estado, e que oferece os seguintes cursos em nível superior: Administração, Comércio Exterior, Marketing, Teologia e Direito.
A CGADB é constituída por várias convenções estaduais e regionais, além de vários ministérios. Alguns ministérios cresceram de tal forma que se tornaram denominações de fato, com suas congregações sobrepondo as áreas de abrangência das convenções regionais. Dentre os grandes ministérios se destaca o Ministério do Belém, que possui cerca de 2.200 igrejas concentradas no centro-sul e com sede no bairro do Belém na capital paulista, sendo atualmente (2010) presidida pelo pastor José Wellington Bezerra da Costa.
Na área política, alguns deputados federais são membros das Assembléias de Deus e a representam institucionalmente junto aos poderes públicos nos assuntos de interesse da denominação, supervisionados pelo Conselho Político Nacional das Assembléias de Deus no Brasil, com sede em Brasília, DF, que coordena todo o processo político da CGADB. Além disso, há também deputados estaduais e até prefeitos e vereadores, todos sob a chancela de igrejas ligadas à CGADB.
Desde a década de 1980, por razões administrativas, notadamente em virtude do falecimento do pastor Paulo Leivas Macalão e de sua esposa, missionária Zélia, a Assembléia de Deus brasileira tem passado por várias cisões que deram origem a diversas convenções e ministérios, com administração autônoma, em várias regiões do País. O mais expressivo dos ministérios independentes é o Ministério de Madureira, cuja igreja já existia desde os idos de 1930, fundada pelo já mencionado pastor Paulo Leivas Macalão e que, em 1958, serviu de base para a estruturação nacional do Ministério por ele presidido, até a sua morte, no final de 1982.

Convenção Nacional das Assembléias de Deus no Brasil - Ministério de Madureira


À medida que os anos se passavam, os pastores do Ministério de Madureira (assim conhecido por ter sua sede no bairro de mesmo nome, na cidade do Rio de Janeiro), sob a presidência vitalícia do pastor (hoje bispo) Manuel Ferreira, se distanciavam das normas administrativas da CGADB, segundo a liderança da época, que, por isso mesmo, realizou uma assembléia geral extraordinária em Salvador, Bahia, em setembro de 1989, onde esses pastores foram suspensos até que aceitassem as decisões aprovadas. Por não concordarem com as exigências que lhes eram feitas foram excluídos pela Diretoria da CGADB. Desta forma tornou-se completamente independente da CGADB a Convenção Nacional das Assembléias de Deus no Brasil — Ministério de Madureira (Conamad), que tem no campo do Brás, na capital paulista, a sua maior expressividade, que, por anos, foi presidido pelo pastor Lupércio Vergniano e hoje está sob as ordens do Pr. Samuel Cássio Ferreira, bacharel em Direito.

Doutrina

De acordo com o credo das Assembléias de Deus, entre as verdades fundamentais da denominação, estão a crença:
• Num só Deus eterno subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo;
• Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, considerada a única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão;
• Na concepção virginal de Jesus Cristo, na sua morte vicária e expiatória, ressurreição corporal e ascensão para o céu;
• No pecado que distancia o homem de Deus, condição que só pode ser restaurada através do arrependimento e da fé em Jesus Cristo.
• Arrebatamento dos membros da Igreja para a Nova Jerusalém em breve com a volta de Cristo.
• Na necessidade de um novo nascimento pela fé em Jesus Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus para que o homem se torne digno do Reino dos Céus;
A denominação pratica o batismo em águas por imersão do corpo inteiro, uma só vez, em adultos, em nome da Trindade; a celebração, sistemática e continuada, da Santa Ceia; e o recebimento do batismo no Espírito Santo, geralmente, com a evidência inicial do falar em outras línguas, seguido de outros dons do Espírito Santo.
A exemplo da maioria dos cristãos, os assembleianos aguardam a segunda vinda premilenial de Cristo em duas fases distintas: a primeira, invisível ao mundo, para arrebatar a Igreja fiel da terra, antes da Grande Tribulação (Pré-Tribulacionismo); e a segunda, visível e corporal com a Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo por mil anos, sendo portanto dispensacionalista.
Ainda, nesse corolário de fé, os assembleianos esperam comparecer perante o Tribunal de Cristo, para receber a recompensa dos seus feitos em favor da causa do Cristianismo, seguindo-se uma vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e de tormento para os infiéis.
Os assembleianos, em regra, são contra o aborto voluntário e o divórcio.

Fotos Historicas



Gunnar Vingren e Daniel Berg


Daniel Berg e Família


Gunnar Vingren e Família


O primeiro templo Belem do Pará


Interior do primeiro templo Belem do Pará


Segundo templo Belem do Pará


Interior do segundo templo Belem do Pará


Gunnar Vingren e pioneiros no Rio



Deolando Almeida, Eurico Bergsten, Estevam Ângelo, Alcebiádes Vasconcelos e outros no terreno da futura CPAD em São Cristóvão, RJ.